A cachaça é, certamente, a bebida mais popular entre os brasileiros, desde os tempos do Brasil Colonial. Segundo as lendas, ela foi descoberta pelos escravos responsáveis pela produção de produtos derivados da cana através dos pingos que se aglutinavam no teto e que, consumidos, ofereciam uma sensação de alegria e bem-estar (daí o nome pinga). Hoje, sua produção é muito mais complexa, utilizando tanques de aço inox e outros equipamentos.
Durante certo tempo, a cachaça foi proibida pelos portugueses, já que ameaçava o comércio de vinho. No entanto, em razão do seu sabor, hoje é uma das bebidas mais populares em nosso país.
Mesmo não tendo uma forma tão refinada quanto a produção de vinho, a produção de cachaça exige uma série de cuidados, com segredos e técnicas específicos de cada produtor. Na maior parte da produção, no entanto, o aço inox é uma matéria sempre presente, conferindo maior qualidade ao produto final.
Como é feita a cachaça
A cachaça é produzida a partir da fermentação do caldo de cana. A produção começa com a colheita da cana, exigindo alguns cuidados com os gomos, que não podem rachar para não causar danos à bebida.
Os produtores mantêm a maior atenção com a matéria prima, já que a cana deve estar madura e fresca para gerar uma cachaça com maior qualidade. Além disso, a cana deve ser totalmente limpa e precisa passar pela moagem em um máximo de dois dias após a colheita para não perder sua qualidade.
A primeira etapa na produção da cachaça, portanto, é a moagem. A cana passa pela moenda, que é uma máquina composta por cilindros para retirar o caldo da cana, que compõem pelo menos 70% da massa total. O restante, ou seja, o bagaço, é reaproveitado no processo de produção, sendo utilizado como combustível para a fornalha do alambique.
A partir da moagem, o caldo deve passar pelo processo de fermentação, onde são utilizados tanques de aço inox. A fermentação é um processo provocado por leveduras, que transformam o açúcar em álcool.
O processo de fermentação, muitas vezes, é agilizado com a adição de fubá e farelo de arroz ao caldo de cana, o que ajuda na multiplicação da levedura. Essa fermentação é feita em grandes tanques, normalmente de aço inox, que são chamados de dornas.
Finalizado o processo de fermentação, o líquido que se apresenta contém um teor alcoólico de apenas 12%, quantidade insuficiente para a concentração de álcool exigida para a cachaça como produto final.
Para que a cachaça alcance o teor alcoólico necessário, que pode variar entre 34 e 54%, é necessário que o líquido passe por um processo de destilação, uma das últimas fases na produção da cachaça.
O processo de destilação é feito através de alambiques, ou seja, caldeirões de grande tamanho, normalmente produzidos em cobre, que são aquecidos ao fogo, chegando a alcançar a temperatura de 78,3°C. Nessa temperatura, o álcool se evapora, subindo por uma coluna estreita, em temperaturas mais baixas, onde o álcool novamente se torna líquido, passando por uma serpentina resfriada.
Depois desse processo, a cachaça está praticamente pronta, chegando ao teor alcoólico necessário para o consumo. A etapa final se utiliza barris de carvalho, onde a cachaça passa por um processo de envelhecimento e, antes de ser envasada para ser entregue ao consumidor final, é estocada em tanques de aço inox, material que, por ser inerte, mantém as propriedades adquiridas durante o processo de produção.
O tanque de aço inox, portanto, é um equipamento de grande importância para a qualidade final da cachaça. Afinal, a bebida não é apreciada apenas no Brasil: hoje a exportação é uma das principais fontes de rendas dos grandes produtores.